quarta-feira, 20 de novembro de 2013
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
A Ronca | Ivo Flores
Ivo Flores | A Ronca
(Alexandre Pinheiro Torres/ Ivo Flores) |Quando tomba o nevoeiro,/ a Ronca
surda golpeia/ o cinzento traiçoeiro/ que devora o rés da areia | e, aos barcos
que além da barra/ têm apenas sol de bruma,/ acena onde fica a terra/ com um braço
que a não verruma | Sob a neblina e ao som/ da Ronca a Póvoa estremece:/
agitação de que o mar/ se torna eco depressa, | sendo mais altas as vagas/ que
batem no paredão,/ e mais sinistras as patas/ com que caminha e diz não | à
ansiedade que enrouquece/ no mugido que se lança/ sobre a Póvoa que remexe/ as
chagas que já são tantas| Horas e horas de Ronca/ que é bandeirante do mar,/
lançada em círculos, tonta,/ os barcos a querer achar, | espadeirando a
floresta-/ -virgem de um oceano mudo,/ onde pretende abrir brecha/ a lâmina em
tal escudo | Atira-se a Ronca girando/ em torno ao próprio som, contra/ o
penedumbre e mai'las ondas/ Só a si, porém, se encontra | na cerração com que
fala;/ e lança então esse grito/ que no eco doutro instala/ o silêncio do conflito
sábado, 2 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)